Toda compulsão tem em sua raiz um forte elemento de tentativa de reparação de conteúdos emocionais danificados. Na compulsão religiosa isso é particularmente claro; a tentativa do compulsivo religioso, popularmente chamado de “fanático” é conseguir “salvar” o mundo, motivado por um messianismo deslocado, sendo ele o profeta, apóstolo ou algum outro título auto atribuído. .
As causas da compulsão religiosa são:
• Abuso parental, freqüentemente por parte do pai. O abuso poderá ser físico, emocional ou sexual. É comum o pai ser um oficial de sua igreja ou mesmo o pastor. São rígidos, valendo-se de uma pseudo-autoridade atribuida por Deus, interpretam a Bíblia por esse viés – quando a usam - e vivem uma coisa na Igreja, em casa outra coisa, cheia de autoritarismo e desmandos, falta de respeito pelas dificuldades de seus filhos, um relacionamento frio e distante com a esposa. Por outro lado, há mulheres que também assumem esse papel, trazendo muitos problemas tanto para a comunidade quanto para sua família.
• Privação de nutrição emocional. Nenhum dos pais atende as necessidades emocionais básicas da criança. Para que a criança desenvolva uma boa autoestima, precisa ser confirmada constantemene pelos seus pais. O olhar paternal é que diz para a criança que ela está chegando em um lar que lhe oferece conforto, acolhimento e proteção, e estamos ali para nos confirmarmos uns aos outros.
• Sentimentos de alienação. Filhos se sentem desligados da família e do que é percebido como um mundo perfeito para os outros. O sentimento de pertencimento garante que a segurança está em ficar em casa, onde é querida e suportada, para que se desenvolva em segurança. No entanto, exigências movidas pela compulsão religiosa, não permitem que os filhos tenham a segurança de que necessitam.
• Atitudes de perfeccionismo de pais imperfeitos (incongruência) . Pais exigentes infligem na criança um desejo irracional de ser perfeita e não cometer erros. Esses pais entendem que isso é educação, quando na verdade é flagelação.
• Expectativas altas. Os pais são incansáveis em exigir que as crianças sejam o que eles não são e alcancem o que não conseguiram.
• Desqualificação. Apesar de a criança fazer grande esforço, os pais nunca se satisfazem e raramente oferecem reforço positivo à criança.
• Adicções parentais. Freqüentemente, um dos pais, quando não ambos, tem dependências como jogo, bebida, desvios sexuais.
• Pai ausente. Filhos de pais divorciados podem ter pouca influência da figura masculina.
• Sentimentos de estar sujo. Abusos e atenções negativas criam sentimentos de culpa e sujeira nos filhos.
• Relacionamentos empobrecidos com outras crianças. Com medo de partilhar sua realidade pessoal com outros, a criança se sente alienada emocionalmente de amigos e freqüentemente buscam relacionamentos destrutivos.
• Mundo de fantasia vívido. A realidade se torna tão difícil que a criança cria um mundo de fantasia e se recolhe a ele freqüentemente.
• Sentimentos não partilhados. O lar oferece pouca oportunidade de expressar emoções, e a criança nunca aprende como isso é feito e o quanto é proveit
18 January 2010
Fundamentos da compulsão religiosa
05 January 2010
O Perdão
Perdoar é a tarefa mais difícil do amor, e o maior risco do amor. Perdoar não nos parece natural. Nosso senso de justiça nos diz que as pessoas devem pagar pelo erro que cometeram. Mas perdoar é o poder do amor para quebrar a regra natural.
Perdão
(clique no título do artigo para lê-lo)
4 Estágios do perdão
1.o Raiva
2.o Ressentimento
3.o Recuperação
4.o Reconciliação
1.o Estágio: RAIVA
A ferida pessoal
A ferida injusta
A ferida profunda
Oração constante: “Porque, Senhor?”
2.o Estágio: RESSENTIMENTO
Dor em ondas
Expressão de sentimentos agudos
Inconformismo
Prisão ao outro
Relembrança: pedido de reparação
3.o Estágio: RECUPERAÇÃO
O Caminho do R.A.T.O.
Aceitação das limitações interpessoais
Buscar Serenidade, Coragem e Sabedoria
Oração: “Para que, Senhor?”
4.o Estágio: RECONCILIAÇÃO
Paz consigo mesmo
Paz com os outros
04 January 2010
Do Casamento
O ponto do casamento não é criar uma rápida comunalidade por derrubar todas as fronteiras; pelo contrário, um bom casamento é aquele no qual cada parceiro indica o outro como o guardião de sua solitude, e assim eles mostram um ao outro a maior confiança possível. A junção de duas pessoas é uma impossibilidade, e onde parece que ela existe, é um remendo, um consenso mútuo que rouba da outra parte ou de ambas as partes sua plena liberdade e desenvolvimento. Mas uma vez que a percepção é aceita que mesmo entre as pessoas mais próximas infinita distancia existe, uma maravilhosa vida lado a lado pode crescer para eles, se lhes acontecer amar a expansão entre eles, que lhes dá a possibilidade de sempre ver um ao outro como um todo e diante de um imenso céu.
Rainer Maria Rilke